O tempo em nós cegos
No silêncio do meu peito, teu nome ecoa,
Uma melodia triste, doce e serena,
Cada lembrança tua é uma lágrima que ressoa,
Num coração que te ama, mas que de dor se acorrenta.
Teu olhar distante, estrela inalcançável,
Brilha no firmamento, mas não me vê,
E cada sorriso teu, para mim inatingível,
É um raio de sol que nunca vou ter.
Teus passos seguem caminhos que não posso trilhar,
E cada gesto teu é um sonho desfeito,
No vasto deserto da saudade, vou a vagar,
Com o peso de um amor que carrego no peito.
Em silêncio, te observo, meu amor oculto,
Como a lua que brilha para o mar distante,
E cada suspiro meu é um grito surdo,
De um sentimento que é tão grande quanto constante.
Te amo com a profundidade do oceano,
Com a intensidade do céu estrelado,
Mas este amor, que é meu castelo e meu engano,
Resta em segredo, perdido e calado.
Rafael Ruiz Zafalon de Paula
Enviado por Rafael Ruiz Zafalon de Paula em 04/07/2024